[REACT-2021] Seminário Temático: Tecnopolíticas, Cosmopoliticas: conflitualidades, modos de saber e tecnologias face ao plantationceno

Estão abertas até o dia 16 de agosto as submissões de resumos para apresentação oral em Seminários Temáticos (ST) da VIII Reunião de Antropologia da Ciência e Tecnologia (REACT-2021). O Pimentalab está envolvido na proposição do ST-05: «Tecnopolíticas, Cosmopoliticas: conflitualidades, modos de saber e tecnologias face ao plantationceno».

O Seminário Temático tem coordenação de Henrique Z.M. Parra (UNIFESP/Pimentalab/LAVITS); Alana Moraes (Museu Nacional-UFRJ/Pimentalab/LAVITS) e Rafael Malhão (GAEP-UFRGS). O React acontece de 22 a 26 de novembro. Proponentes poderão submeter seus resumos por meio da inscrição no site: https://react2021.faiufscar.com/pagina/4776-inscri%C3%A7%C3%B5es# .

Abaixo a ementa do ST:

Se cada forma de vida é indissociável da produção de tecnologias e infraestruturas que sustentam um mundo comum, nos parece então urgente investigar a hipótese de uma conflitualidade técnica afiançando a Guerra de Mundos em curso. Mbembe indica a necessidade de pensarmos a partir do devir-artificial da humanidade, a infraestrutura material da nossa existência e os regimes de toxidade e asfixia que hoje caracterizam os exercícios das formas de poder e a própria soberania fazendo funcionar a apropriação do inapropriável. A tecnoesfera – a ordem técnica do mundo – adquire uma força descomunal na confluência da tecnociência, da financeirização, da militarização e do extrativismo ampliado dinamizando dispositivos de conversão do vivo em recurso. Com o simpósio temático, convidamos ao diálogo reflexões sobre zonas de conflitualidades emergentes nas quais dissensões ontológicas, técnicas e políticas arrastam para a cena a defesa e sustentação do Comum a partir de redes heterogêneas entre humanos, outros que humanos, arranjos sociotécnicos, territórios, infraestruturas. Quais os desenhos possíveis de outras praticas de conhecer e das tecnologias necessárias que possam apontar para rotas de fuga do capitaloceno-plantationoceno e das formas renovadas de dominação, domesticação e extração racializadas? Como acompanhar e fortalecer a tecnodiversidade reivindicada por coletividades que interrogam a monocultura tecnocientífica diante das catástrofes? O que poderia ser também uma perspectiva tecnopolítica decolonial que percorra as reflexões sobre “decrescimento”, “pós-crescimento”, as alternativas às imaginações do “progressismo”, do “tecnosolucionismo” e do “aceleracionismo” que apresentam-se como horizonte da governamentalidade de crise do capitalismo pandêmico?

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