Este projeto desvela como a sustentabilidade e a natureza na cidade estão sendo repensadas/refeitas por meio de um engajamento com iniciativas de cidade digital/inteligente, analisando casos em cidades brasileiras onde os cidadãos se tornam «hackers cívicos» na reconstrução do ambiente da cidade. Uma primeira onda de perspectivas críticas sobre «cidades inteligentes» as considerou esforços corporativos para promover um avanço tecnológico de cima para baixo sobre o governo local. Pesquisas recentes têm problematizado isso, apontando para hackers cívicos (muitas vezes tanto funcionários corporativos quanto ativistas comunitários) e movimentos comunitários que mobilizam ferramentas tecnológicas para o ativismo ambiental (por exemplo, sensores, aplicativos móveis, plataformas baseadas na web). Este projeto examina o papel das ferramentas digitais e do ativismo de base na reutilização/redefinição do urbano. Essa configuração específica (e amplamente informal) de cidade inteligente evolui das ações de “pessoas comuns” que são capacitadas e cooptadas pela promessa de tecnologias digitais de monitorar e transformar infraestruturas, hackear o ambiente urbano e dar um curto-circuito na autonomia do governo, como autoridades urbanas.