Começou o VI Simpósio Internacional LAVITS

 

Na manhã desta quarta-feira (26), teve início o VI Simpósio Internacional LAVITS, que nesta edição debate “Assimetrias e (In)Visibilidades: Vigilância, Gênero e Raça” e está sendo realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. O Simpósio vai até a sexta-feira (28) e a programação conta com mesas de debate, oficinas, intervenções artísticas, sessões temáticas e sessões livres.

A mesa de boas-vindas contou com a participação de Fernanda Bruno, coordenadora do MediaLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Rede Latino-americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade (LAVITS), Paola Barreto, artista, pesquisadora e professora da UFBA, Graciela Natansohn, também professora da UFBA, Julieta Palmeira, Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia, e Mari Queiroz, membro do coletivo Pretas Hacker.

Graciela ressaltou a atualidade das questões trazidas pelo Simpósio e a importância do diálogo de saberes que ele promove, sobretudo entre a academia e os movimentos sociais e populares. Além disso, ela destacou a importância da perspectiva da interseccionalidade entre classe, raça, gênero para o debate político, neste caso, acerca das práticas de vigilância.

Fernanda também contou para os participantes que este diálogo entre diferentes setores da sociedade foi uma preocupação que fundamentou a organização do evento desde o início e que havia o desejo de que ele estivesse presente não somente nos conteúdos mas também no formato do Simpósio.

Mari Queiroz reafirmou que as discussões sobre o tema devem acompanhar um compromisso político de superação das desigualdades sociais. Para ela, este enfrentamento também passa pelo debate público feito em espaços acadêmicos, embora aponte que eles (ainda) são majoritariamente composto por pessoas brancas.

Além das sessões temáticas e livres, oficinas, intervenções artísticas e debates, na noite desta quarta-feira haverá a conferência de abertura do Simpósio, que será feita pela pesquisadora Simone Browne. Intitulada “Na Vigilância da Negritude: Arquivos de Resistência e Rebelião”, a conferência começa às 18h30, no auditório 2 (PAF 5).

Browne faz parte do departamento de Estudos Africanos e Estudos da Diáspora Africana da Universidade do Texas e em sua obra mais recente, Dark Matters: On the Surveillance of Blackness, ela aborda a negritude como alvo das práticas de monitoramento, mostrando como, historicamente, as táticas de vigilância foram informadas pelas questões raciais, desde a escravidão. A pesquisadora demonstra que o controle é uma ferramenta tanto discursiva quanto material e o faz articulando teoria feminista negra, sociologia e estudos culturais.

Saiba mais sobre o evento: www.lavits.ihac.ufba.br

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