Anna Bentes na MIT Technology Review Brasil

Anna Bentes foi entrevistada e contribuiu para a matéria “Da comunicação de massa à economia da atenção: o lugar do entretenimento na sociedade digital”, escrita por Gabriela Nascimento, Letícia Santos e Natanael Damasceno na revista MIT Technology Review Brasil.

Bentes destrincha no texto a relação da economia da atenção com o entretenimento, considerando aspectos históricos dos meios de comunicação e as características atuais das plataformas digitais.

A revista pode ser encontrada nas bancas e também na sua versão digital.

Abaixo trecho da matéria

“Na segunda década do século 21, as mídias sociais de maneira geral passam a ter uma centralidade muito forte na vida social, econômica e política. Anna Bentes, que também atua como pesquisadora do MediaLab.UFRJ e faz parte do conselho diretivo da Rede Lavits, rede latino-americana de estudos sobre vigilância, tecnologia e sociedade, indica que essas ferramentas e plataformas digitais passaram a representar um lugar privilegiado para as formas de sociabilidade, trabalho e entretenimento.
O uso da atenção para motivar consumidores ao consumo e produzir gatilhos para a compra de produtos, não é só o que está em jogo. Novas formas de interação e ferramentas contribuem com novos fatores e elementos, sem necessariamente apagar os anteriores. “Se antes  tínhamos os meios de comunicação de grandes públicos, e principalmente as agências de publicidade
pensando nessas estratégias de captura da atenção, hoje temos as plataformas como os principais meios privilegiados para fazer a captura e a gestão da atenção, com um funcionamento muito diferente em relação à publicidade tradicional. Há todo um novo mecanismo de funcionamento, um novo ecossistema da publicidade, que precisa ser levado em em conta”, afirma a pesquisadora.
Hoje, ao olharmos para o fenômeno da comunicação digital, o privilégio de uma gestão algorítmica da atenção ganha destaque, criando uma nova forma da gestão da atenção, mediada por códigos e equações responsáveis ao mesmo tempo pela captura massiva e intensa dos nossos dados; mas também pela seleção e pela curadoria de conteúdos apresentados. Para Bentes, “são etapas diferentes de um mesmo processo, ao capturar, processar e analisar esses dados, são formados perfis dos usuários com
o uso de tecnologias de Inteligência Artificial. E com essas informações, as empresas utilizam esse conhecimento gerado a partir dos dados para direcionar de forma personalizada os conteúdos. Dessa forma, essa gestão algorítmica da atenção influencia o que você vê e o que você não vê.”
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