Por Sarah Schmidt
A utilização de veículos aéreos não tripulados – os chamados drones – tem se difundido. Seu uso pode ir desde a prestação de diversos serviços, como realização de imagens de eventos, até monitoramento e coleta de dados em espaços privados. Essa utilização, muitas vezes, não está associada a usos legítimos, de acordo com o guia “Como e por que se proteger dos veículos aéreos não tripulados”.
Segundo a publicação, a experiência de ter um veículo destes sobrevoando as pessoas, sem informação de quem é o piloto, qual é a natureza do voo ou mesmo qual será o destino final das imagens captadas por suas câmeras pode ser intimidante:
“O voo pode parecer especialmente violento se pairar ostensivamente a baixa altitude sobre uma propriedade privada, violando o direito à privacidade dos moradores. Os drones são ferramentas de poder e controle para os governos, forças de segurança e organizações privadas, mas agora também estão ao alcance de quase qualquer indivíduo. Representam uma oportunidade que não vão perder para controlar e monitorar pessoas e grupos.”
O texto deixa claro que não se trata de um manifesto anti drone, porque tais equipamentos podem ser úteis para a sociedade, mas traz instruções para que as pessoas saibam se defender de um eventual uso abusivo.
O guia foi produzido pela #dronehackademy em parceria com a rede LAVITS e o MediaLab.UFRJ, fruto de uma oficina realizada em junho sob coordenação do Pablo de Soto e Lot Amoros. A atividade integra o Projeto Rede Latino-Americana de estudos em vigilância, tecnologia e sociedade/LAVITS: interseções entre pesquisa, ação e tecnologia, que tem o apoio da Fundação Ford.