[Miniguia] Reconhecimento facial: e quando a máquina erra?

A Campanha Tire Meu Rosto da Sua Mira e a Escola de Ativismo lançam o miniguia “Reconhecimento facial: e quando a máquina erra?”. Com foco em juristas e profissionais do mundo do Direito, o objetivo do guia é ampliar o diálogo com advogados, juízes, promotores, defensores e demais atores do sistema de justiça sobre as violações e impactos aos direitos da população brasileira causados pelo uso das tecnologias de reconhecimento facial dentro do sistema de justiça do país. A publicação teve apoio da Fundação Heinrich Böll.

O mini guia foi elaborado a partir de uma oficina com membros da Defensoria Pública do Rio de Janeiro em 05 de outubro. “O objetivo da oficina foi explicar para o sistema de justiça como as tecnologias de reconhecimento facial funcionam e como elas podem impactar diretamente na atuação de defensores e advogados. Estas ferramentas, assim como várias outras de vigilância, atingem sobretudo pessoas mais pobres – e é muito importante que os órgãos de defesa conheçam seu funcionamento para que possam contribuir para a diminuição das injustiças contra estas populações”, aponta Debora Pio, que participou da realização da oficina e do miniguia.

Ainda segundo Debora, embora o reconhecimento facial já seja uma realidade e já esteja sendo aplicado de maneira indiscriminada, Brasil e no mundo, a discussão sobre os problemas e as implicações da sua implantação ainda está muito dentro da sociedade civil e da academia e não está ainda espalhada para quem trata diretamente do problema. “A ideia foi justamente destrinchar os problemas desta ferramenta para quem lida diretamente com o encarceramento motivado pela tecnologia, para quem defende as pessoas que são vítimas deste sistema”, conclui.

Acesse o guia gratuito e saiba mais sobre os perigos do uso do reconhecimento facial na segurança pública em https://tiremeurostodasuamira.org.br/biblioteca/.

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