“Qual lugar? Violência e apagamentos na cidade neoliberal contemporânea.” Neste texto-comentário, Rodrigo Firmino relata a disputa pelos espaços públicos materializada em projetos de renovação urbana como o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, caso conhecido pelo processo de apagamento da memória da população negra. O modelo neoliberal de planejamento e urbanização caracterizado por este projeto é um fenômeno frequentemente observado em cidades do Norte Global que transforma os espaços públicos em interstícios entre as bolhas de uso privado, em lugares planejados para um usuário-consumidor específico, de elite ou turismo.
Firmino defende que, ao invés de adotar este modelo que cria cidades hostis aos encontros pelo uso ostensivo de segurança e vigilância privada, o urbanismo deve preocupar-se com a memória dos lugares, com a garantia do uso coletivo da cidade e com o fomento da busca por um comum urbano capaz de respeitar diversidade e a coexistência de diferenças. Assim, proteger os grupos sociais historicamente excluídos do processo de garantia dos direitos por questões raciais, de classe, de gênero e sexualidade.
O texto completo está no médium: https://medium.com/jararaca/qual-lugar-fa060b545bb.