IV Simpósio Internacional de Geografia do Conhecimento e da Inovação

Aberta a chamada para submissões de trabalhos para o IV Simpósio Internacional de Geografia do Conhecimento e da Inovação (SIGCI) que acontece nos dias 10, 11 e 12 de novembro de 2021. Os trabalhos submetidos ao IV SIGCI serão enviados na forma de Resumo Expandido e poderão ser escritos nos idiomas português, inglês ou espanhol. O prazo para envio é 15 de outubro e o tamanho máximo é de 3.000 palavras, incluindo referências (tamanho recomendado de 2.500 palavras).  Para informações completas sobre as normas e prazos de envio, acesse o site do evento: https://sigci.com.br.

O tema da quarta edição do SIGCI é “Aceleração digital, neoliberalismo e desequilíbrio global: tendências na geografia da inovação pós-pandemia”. A proposta é compreender como a aceleração digital e o neoliberalismo, intimamente associados ao desequilíbrio global, são elementos centrais do capitalismo contemporâneo, tanto em suas dimensões econômica, social, ambiental, científica, tecnológica e territorial. O evento é organizado pelo GRITT/UFPE e pelo Lab-Going/UNICAMP e conta com o apoio da Lavits.

Sesssões temáticas – O Simpósio se divide em nove sessões temáticas que abordarão a geografia que o neoliberalismo está produzindo, especialmente em vista da pandemia, assim como as relações entre este e esforços no campo da ciência, tecnologia e inovação. Rodrigo Firmino e Alana Moraes da Lavits fazem parte da coordenação da Sessão Temática 9: Topografias e subjetivações da razão neoliberal, juntamente com Ewerton Maurício dos Santos (UFPE) e Caio Maciel (UFPE). Abaixo a ementa da ST9:

Ementa: Realizado ou não, o empreendedor de si está cada vez mais empenhado em seguir a vida como dita o ritmo neoliberal: o desempenho, a produtividade, a competição, o desmonte trabalhista e social transformam cada corpo, cada sujeito em uma ilusão, em dimensão humana, de uma empresa privada. A disciplina e as racionalidades induzidas pela “governamentalidade neoliberal” se difundem nos discursos, nas práticas e nas instituições, organizando corpos e relações de forma sofisticada: não é mais necessária a mediação de um algoz, o poder se entranha na existência e produz modos de percepção e sensibilidade favoráveis à reprodução capitalista-neoliberal. Depressões, ansiedades, sofrimentos psíquicos, fobias, fazem parte dos componentes da estratosfera da vida, e produzem uma massa de ‘seres humanos’ semelhantes à figura mitológica de Atlas: ultra responsabilizados, castigam-se por seus fracassos, cegos, mudos e surdos às erosões dos laços e estruturas sociais de amparo ao bem viver, carregam nas costas muito mais do que são capazes de suportar. A liberdade passa a ser gestada como condição de uma cidadania sacrificial na qual opera a concorrência de todos contra todos; as metáforas de guerra se instalam na vida cotidiana e fazem do outro um adversário em potencial, de modo que, mais do que nunca, é necessário descrever novos “topos” em busca dos princípios e métodos que nos ajudem a perceber, descrever, visibilizar lugares, territórios, ou as topografias e geografias emocionais das quais a vida estão sendo relegadas e se ouve por todos os lados um: SALVE-SE QUEM PUDER!!! Acolhemos, assim, trabalhos ‘cosmoperceptivos’ aos movimentos do empreendedorismo de si e suas implicações territoriais, socioeconômicas e culturais; Reflexões sobre o corpo, subjetivaçõese neoliberalismo; Processos que visem à cooperação, à solidariedade em contrapartida às investidas neoliberais; Trabalhos que relacionem a saúde do corpo e alma aos constantes avanços da precarização da vida nas cidades, campo e florestas; Alternativas para a corrosão democrática de nossos tempos e espaços; Projetos que correlacionem afetividades, filosofias e práticas culturais aos processos “neoliberalizantes”; Contribuições que observem os instrumentos, métodos, princípios da difusão da razão neoliberal; Implicações de uma “Política Somática” que age sobre e nos corpos e subjetividades; Governamentalidade Neoliberal e retóricas de poder na reprodução de desigualdades e assimetrias.

 

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