O algoritmo do YouTube encabeça um processo de radicalização política? Vídeos sobre games estariam direcionando para uma possível politização?
Essas são as perguntas disparadoras do novo artigo do LED. No texto, os pesquisadores Francisco Kerche (PPGSA/UFRJ) e Miguel Mendes (PPGSA/UFRJ) combinam métodos digitais para analisar as questões. Para acessar o artigo: https://periodicos.ufes.br/simbiotica/article/view/37349
Resumo
O seguinte trabalho procura analisar uma possível politização de vídeos sobre videogames partindo do algoritmo do YouTube, através de uma abordagem metodológica que combina a análise topográfica das redes de recomendação da própria plataforma e uma análise qualitativa de vídeos que poderiam ser responsáveis por ligar o tema a outros mais radicais. A proposta é testar a hipótese de que existe um processo de radicalização política encabeçado pelo algoritmo do YouTube. Ao contrário do que esperávamos, a plataforma se demonstrou muito capaz de dividir tematicamente suas recomendações, havendo pouca penetração de vídeos politizados em nossas extrações. Porém, fomos capazes de identificar estratégias de grupos mais politizados que foram utilizadas para se colocarem em espaços de recomendação.
Palavras-chave: YouTube; radicalização; algoritmos de recomendação; extrema direita.