Pós-doutoranda em Filosofia na USP. Bolsista FAPESP. Visting scholar na CUNY/Graduate Center, Nova York – EUA (2022-2023). Doutora em Filosofia pela UNICAMP (2018), com mestrado pelo mesmo Programa de pós-graduação (2013). Graduação em Filosofia pela UNIFESP (2011). Realizou estágio no exterior durante o doutorado na Université Paris X- Nanterre – França (2016). Lecionou nos campus da UNESP de Rio Claro e São Paulo para diversos cursos de licenciatura. Foi professora visitante no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação na UNICAMP e no curso de especialização da PUC-SP, Ciências Humanas e Pensamento Decolonial. Desenvolve pesquisa nas áreas de filosofia da raça, epistemologia social, epistemologia contemporânea, ética, estética e educação.

 

Instituição: Universidade de São Paulo 

Principais artigos

  1. Maria Fernanda Novo dos Santos. Lélia Gonzalez, intérprete da formação da formação social do Brasil. Revista Discurso. USP, 2022
  2. Maria Fernanda Novo dos Santos. Subjetivação e identidade: implicações do transindividual em Simondon. DOIS PONTOS (UFPR) DIGITAL, v. 16, p. 27, 2019.  
  3. Maria Fernanda Novo dos Santos. Bergson leitor de Leibniz: intersecções entre os possíveis, as tendências e a individuação. Cadernos Espinosanos, v. 34, p. 163, 2016.  
  4. Maria Fernanda Novo dos Santos. Dogmatismo de Platão em Nietzsche e Deleuze entre a crítica e a promoção. Cadernos PET-Filosofia (UFPR), v. 14, p. 52, 2014.  
  5. Maria Fernanda Novo dos Santos. Interfaces deleuzianas entre a memória involuntária em Proust e a lembrança pura em Bergson. Cadernos do PET Filosofia (UFPI), v. 4, p. 36, 2013.

Projetos

  1. Transindividual e Autodeterminação: o problema da raça 

Este projeto de pesquisa se insere no campo das teorias das relações raciais a partir de um problema emergente que ganha centralidade nas delimitações sobre a noção de indivíduo, qual seja, o problema da raça. A análise das condições objetivas das transformações sobre os limites do indivíduo dependem do interseccionamento entre teorias capazes de dialogarem com as tradições filosóficas ocidentais, africanas e afrodiaspóricas, ao mesmo tempo que se ancoram nas configurações políticas e sociais deste inicio de século XXI. Partindo da reposição do problema da raça nas ciências humanas pretendemos perseguir as implicações da individuação psico-coletiva dos indivíduos e dos grupos racializados. O que vemos construir no problema da raça não é apenas uma disputa dentro dos limites das instituições por espaço e pela igualdade, que expõe uma correlação de forças via de regra desigual; deve-se incluir o que expressa o gesto vital de uma população que precisa enfrentar o fantasma colonial. As imagens violentas da racialização se prolongam na individuação do negro, do corpo negro que é subjugado como indivíduo portador de um deficit de humanidade, tal como promovia a narrativa metafísica da raça investigada por Achille Mbembe em A Crítica da razão negra. A distribuição da violência é ao mesmo tempo gênese e expressão da individuação do negro. A pergunta norteadora desta pesquisa pode ser assim expressa: Se o indivíduo se reconhece por um modo de subjetivação produzido na relação com o coletivo, seria possível para o indivíduo negro ser apossado de uma autodeterminação engendrada a partir de relações sociais prefiguradas pelo racismo?

Outras publicações

  1. SANTOS, M. F. N.. A instaurção do tempo infinito nas poéticas negras. Revista NaBorda, Online, 01 jan. 2022.  
  2. Maria Fernanda Novo dos Santos; GASPAR, G. R. ; OLIVEIRA, V. . Violência como regra. Revista Cult. nº 232. Revista Cult, São Paulo, 01 mar. 2018. 
  3. SANTOS, M. F. N.. Arte Negra Tecnovisionária, re-existência e autodeterminação. Revista NaBorda.