Mapeando o avanço do Capitalismo de Vigilância nas instituições públicas de ensino superior da América do Sul

20212021

Parte do projeto Educação Vigiada, capitaneada pela Iniciativa Educação Aberta, a pesquisa ‘Mapeando o avanço do Capitalismo de Vigilância nas instituições públicas de ensino superior da América do Sul’ foi realizada em parceria com a Lavits no âmbito do projeto “Assimetrias e (In)visibilidades da vigilância: conhecimento situado, pesquisa e ação social na América Latina”, com apoio da Fundação Ford.

A pesquisa investiga se há a transferência do serviço de gerenciamento de e-mails para as empresas Google e Microsoft em instituições de ensino superior públicas sul-americanas. Por meio do uso de um script, são examinados quais servidores são responsáveis por gerenciar o tráfego de e-mail para um domínio específico, para saber se estavam sendo hospedados pela Google e Microsoft ou pelas próprias instituições. A relação entre servidores de e-mail e mudança de outros serviços (como o uso de GSuite for Education ou Microsoft 365) foi validada na primeira parte do estudo através de pedidos via Lei de Acesso a Informação.

O projeto – O Educação Vigiada reúne professores e pesquisadores do Brasil, Colômbia, Uruguai e Bolívia para realizar a etapa sul-americana da pesquisa. O grupo é formado pelos professores Leonardo Cruz (UFPA), Tel Amiel (UnB) e Filipe Saraiva (UFPA), e pelos pesquisadores María Viola Deambrosis (Universidade da República do Uruguai), Sebastian Zapateiro (FUTCO – Colômbia), Dariana Astrid Salas Luna (FUTCO – Colômbia), Eloisa Larrea Montaño (Internet Bolívia) e André Castanheira Oddone (UnB).

Saiba mais sobre o projeto em Educação Vigiada, acompanhe no Twitter da @iniciativaea e também através da hashtag #educacaovigiada.

O Observatório – O Observatório Educação Vigiada foi lançado em 2020, fruto da parceria entre a Iniciativa Educação Aberta e pesquisadores da Universidade Federal do Pará. O Observatório tem como objetivo estudar as relações entre instituições públicas de ensino e empresas do mercado de dados contribuindo, assim, nas discussões sobre privacidade, vigilância e segurança de dados na educação e na produção científica.